| 25/05/2006 17h37min
Uma testemunha que já prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas e que atualmente está no Programa de Proteção às Testemunhas informou que o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), está correndo risco de vida. A informação foi divulgada há pouco pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) e pelo delegado da Polícia Federal José Antonio Dornelles de Oliveira, que assessora a comissão. Jungmann afirmou que isso não intimidará a comissão, e que qualquer agressão a Torgan será encarada como uma agressão à CPI.
Os integrantes CPI Armas vão se reunir na próxima quarta-feira na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para preparar uma audiência pública sobre o envolvimento de advogados com o crime organizado. Deverão ser convidados a participar da audiência, cuja data ainda não foi marcada, o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, e o presidente da OAB-São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso.
Na terça-feira, a CPI vai se reunir no Supremo Tribunal Federal com representantes do Conselho Nacional de Justiça. Na quinta-feira, encontra-se com o Colégio dos Presidentes dos Tribunais de Justiça.
Os parlamentares acreditam que os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Weslei da Cunha – acusados de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão – são integrantes do organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os advogados teriam repassado o teor das gravações ao líder da facção, Marcos Herbas Camacho, o Marcola. A gravação teria sido comprada do ex-prestador de serviço da Câmara por meio de empresa terceirizada Artur Vinícius Pilastre Silva, técnico encarregado de gravar a reunião e que confessou ter vendido o áudio.
AGÊNCIA CÂMARA