| 25/05/2006 12h52min
A advogada Maria Cristina Rachado afirmou há pouco durante a acareação na CPI do Tráfico de Armas que o técnico de som Artur Vinícius Pilastre Silva, que prestava serviço à Câmara por meio de empresa terceirizada, não quis receber o dinheiro dentro da loja, onde foi copiado o CD com o áudio de uma CPI sigilosa. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) entendeu que a frase da advogada constitui uma confissão:
– Se ele não quis receber o dinheiro lá dentro, fica claro que alguém lhe ofereceu dinheiro –– disse Sampaio.
A advogada negou falando que não teve o objetivo de fazer a afirmação. Maria Cristina e o advogado Sérgio Wesley da Cunha negaram ter pago qualquer quantia para que Pilastre Silva lhes entregassem o CD com a gravação do áudio de uma reunião sigilosa da CPI. O técnico alega ter recebido R$ 200 dos advogados, que correspondia a uma parte do que Cunha teria oferecido pelo serviço. O advogado, na versão de Silva, tinha prometido um pagamento suplementar.
Maria Cristina disse à CPI do Tráfico de Armas que esteve na sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) por volta das 17h30m do dia 12 de maio. O dia é justamente a data na qual começaram os ataques do crime organizado a São Paulo. A advogada alegou que foi no local para falar com seu cliente, Marcos Camacho, o Marcola. Porém, ela recebeu do delegado Rui Ferraz a informação de que só poderia vê-lo no dia seguinte.
AGÊNCIA CÂMARA E O GLOBO