| 31/03/2006 17h18min
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, comprometeu-se a adotar todas as medidas necessárias para garantir a continuidade das operações das empresas e entidades que integram o setor agrícola.
– O governo federal está preocupado e atento a esta questão. Não criminalizamos os movimentos sociais, mas ninguém pode transgredir os limites da lei – afirmou o ministro, após ouvir as solicitações dos representantes da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Associação Brasileira de Obtentores Vegetais (Braspov), Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove), e das empresas Monsanto e Syngenta.
Durante a reunião, que aconteceu no ministério da Justiça, em Brasília, nesta sexta, dia 31, os representantes do setor demonstraram indignação com a série de invasões a centros de pesquisas agrícolas, promovidos por movimentos como a Via Campesina, do qual faz parte o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
– Estamos profundamente indignados com as ameaças e invasões promovidas por estes grupos. Viemos ao Ministério para pedir medidas preventivas que coibam a continuidade destas ações – disse Carlo Lovatelli, presidente da Abag e da Abiove.
Para Pedro Rugeroni, presidente da Syngenta Seeds, "a competitividade do agronegócio brasileiro depende da inovação que, por sua vez, está atrelada às pesquisas científicas, que estão sendo destruídas por invasões que desrespeitam a lei e a ordem institucional", finalizou.