| 19/01/2006 13h53min
O mercado financeiro teve uma manhã bem mais tranqüila nesta quinta, seguindo a recuperação das bolsas asiáticas, européias e americanas. Os títulos brasileiros subiram, o risco-país caiu e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em alta de 2,61%, com 36.740 pontos. O dólar abriu em baixa, mas terminou a manhã com uma alta de 0,30%, cotado a R$ 2,328 na compra e R$ 2,330 na venda.
A definição dos juros básicos da economia pelo Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou especulações sobre a política monetária e também contribuiu para manter o clima mais ameno. O Copom reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, corte que correspondeu à maioria das apostas dos analistas.
Um profissional de câmbio de um banco estrangeiro ressalta, no entanto, que a queda dos juros acabou por atrair compras da parte de investidores estrangeiros. Seriam, segundo ele, ajustes de posições de tesourarias bancárias.
Mas o ingresso de recursos ao país continua firme, o que indica aos analistas que o dólar continua com tendência de baixa. De acordo com números divulgados pelo Banco Central, até o dia 16 o fluxo cambial do país ficou positivo em US$ 1,185 bilhão.
O principal destaque da manhã foi o resultado do balanço de pagamentos, que mostrou situação bastante confortável do país. O Brasil teve superávit de US$ 14,2 bilhões em 2005, o que, de acordo com o Banco Central, é o melhor resultado da série histórica. O número representou 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no período.
No rol das notícias negativas esteve a inflação do IGP-M, que apontou aceleração na segunda prévia de janeiro. A taxa ficou em 0,82%, contra deflação de 0,06% na mesma prévia de dezembro.
Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas são de Banco do Brasil ON (+5,45%) e Cesp PN (+5,42%). As únicas baixas eram de Contax ON (-1,25%) e Cemig ON (-0,32%).
AGÊNCIA O GLOBO