| 16/11/2005 11h19min
Em setembro, o emprego industrial apresentou crescimento de 0,6% em relação a agosto, após queda de 0,2% no mês passado, na série livre de influências sazonais, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No confronto com setembro de 2004, não houve variação. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, os resultados permaneceram positivos, embora apontando trajetória declinante: 1,7% no acumulado do ano, contra 1,9% registrado em agosto; e 2,3% no acumulado nos últimos 12 meses, contra 2,6% do mês anterior. O número de pessoas ocupadas mostrou aumento de 0,4% no terceiro trimestre, em relação a igual período de 2004, mas foi 0,3% menor do que o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente).
Na comparação setembro de 2005/2004, nove das 14 áreas e nove dos 18 segmentos apresentaram taxas negativas. Rio Grande do Sul (-9,9%) e região Nordeste (-2,3%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral. Por outro lado, as principais influências positivas vieram de São Paulo (2,7%) e Minas Gerais (3,5%). Em nível nacional, os ramos que participaram com os maiores impactos negativos foram calçados e artigos de couro (-15,7%) e madeira (-15,0%). Em sentido contrário, destacaram-se as contratações efetuadas em alimentos e bebidas (7,3%) e meios de transporte (6,1%).
No indicador acumulado no ano, São Paulo (2,9%) e Minas Gerais (4,1%) representaram os principais impactos positivos entre os 10 locais em que se observou aumento do emprego. Os destaques negativos permaneceram com o Rio Grande do Sul (-5,6%) e Rio de Janeiro (-1,1%).
Em setembro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou variação positiva de 0,2% em relação a agosto, descontados os efeitos sazonais. Mesmo com crescimento no índice mês/mês anterior pelo segundo mês consecutivo, a média móvel trimestral permaneceu apontando recuo: -0,2% entre os trimestres encerrados em agosto e setembro. A comparação com igual mês do ano anterior mostrou redução de 0,9%, enquanto os indicadores para períodos mais abrangentes apresentaram crescimento: 1,2% no acumulado no ano e 1,9% no acumulado nos últimos 12 meses. No terceiro trimestre houve estabilidade em relação a igual período de 2004 (0,1%).
O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria em setembro, na série livre de influências sazonais, recuou 1,3% em relação ao mês passado, revertendo o crescimento assinalado entre julho e agosto (1,9%). Mesmo com a queda deste mês, o indicador de média móvel trimestral permaneceu estável entre os trimestres encerrados em agosto e setembro (0,1%). Nos demais indicadores, os resultados continuaram positivos: 3,7% em relação a setembro de 2004, 3,9% no terceiro trimestre em comparação com igual período do ano anterior, 4,0% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (5,5%) mostrou ligeira desaceleração em relação a agosto (6,0%). No confronto setembro de 2005/2004, a folha de pagamento real teve crescimento de 3,7%, com taxas positivas em 10 dos 14 locais pesquisados.