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ONU e EUA advertem Israel contra expulsão de Arafat

Organização e americanos temem desestabilização total da região

Os 15 países-membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram Israel nesta sexta, dia 12,  para não levar adiante a deportação do presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. Os Estados Unidos também disseram a Israel que a expulsão de Arafat não ajudaria a causa da paz, informaram autoridades norte-americanas.

O porta-voz do Departamento de Estado, Adam Ereli, contou que o secretário Colin Powell fez a observação em um telefonema para o chanceler de Israel, Silvan Shalom, e para o embaixador norte-americano em Israel, Daniel Kurtzer.

Powell também telefonou ao ministro palestino Nabil Sha'ath para dizer que Washington deixou claro a Israel sua oposição ao exílio de Arafat, decidido na última quinta numa reunião do gabinete de segurança do premier Ariel Sharon. O gabinete já afirmara que não expulsaria Arafat imediatamente devido aos EUA.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que Powell e a assessora de Segurança Nacional dos EUA, Condolleezza Rice, estavam em contato com autoridades israelenses e palestinas para evitar que a crise na região aumente ainda mais. McClellan alertou que a expulsão de Arafat daria ao líder palestino "um palco mais amplo", repetindo comentários feitos por funcionários do governo americano na quinta-feira.

– Membros do conselho expressaram sua visão de que a expulsão do senhor Arafat não ajudaria e não deveria ser implementada – afirmou um comunicado lido pelo embaixador Emyr Jones Parry, da Grã-Bretanha, que presidente o conselho em setembro.

Países árabes e nações não-alinhadas haviam pedido ao Conselho de Segurança nesta sexta para rapidamente adotar uma resolução exigindo que Israel não deportasse Arafat. O comunicado foi divulgado após uma reunião a portas fechadas. Os membros decidiram marcar um encontro público na próxima segunda para discutir a crise na região.

A ameaça de expulsão de Arafat foi tomada em resposta à onda de terror que vem sacudindo Israel nas últimas semanas. Nesta sexta, decisão provocou reações de fúria nos territórios palestinos. As Brigadas dos Mártires da Al-Aqsa, facção armada do grupo político Fatah de Arafat, responsável por dezenas de atentados suicidas, ameaçaram golpear o Estado judeu "em todas as partes" se a ameaça for cumprida.

No começo da manhã, a polícia de Israel invadiu um complexo do lado de fora da mesquita de Al-Aqsa para dispersar uma multidão de jovens palestinos que atiravam pedras contra fiéis judeus no Muro das Lamentações, localizado logo abaixo.

Com informações da agência Reuters.

 
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