Tropas israelenses detonaram nesta sexta, dia 5, um prédio de apartamentos de sete andares para matar Mohammad Al Hanbali, comandante do Hamas refugiado no local. A explosão deixou 28 famílias desabrigadas. Além do líder do grupo palestino, um soldado de Israel morreu e quatro ficaram feridos na operação de Nablus. O Exército disse que os militares invadiram o prédio para prender Hanbali, de 27 anos, mas o militante teria feito disparos a partir do poço de elevador onde se escondia. Segundo Israel, ele era o principal comandante do Hamas no norte da Cisjordânia e foi responsável pela morte de dezenas de israelenses em atentados.

A ação pode representar um golpe letal para a sobrevivência política do primeiro-ministro palestino, o reformista Mahmoud Abbas. O desabamento do edifício deve servir de munição para os palestinos que se opõem à intenção de Abbas de assumir o comando das forças de segurança palestinas, hoje sob controle do presidente Yasser Arafat.

A ação ocorreu um dia depois de Abbas dar um ultimato aos parlamentares palestinos: ou o apóiam ou o demitem. O resultado da queda-de-braço entre Abbas e Arafat pode determinar o futuro do plano de paz norte-americano na região, já bastante abalado pelo recente fim da trégua declarada em junho pelos grupos militantes palestinos. Numa aparente tentativa de resolver a crise política, o Parlamento palestino vai se reunir a portas fechadas neste sábado, dia 6, para ouvir a versão de Abbas para o conflito.

As informações são da agência Reuters.