O Estado de São Paulo trabalha para ser reconhecido em pouco tempo como livre de febre aftosa sem vacinação. Foi o que garantiu o secretário da Agricultura, João Sampaio, que participou do lançamento da primeira etapa da campanha de imunização deste ano, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto.
 
– Gostaria que dentro de dois ou três anos não precisássemos mais vacinar – disse.
 
Sampaio pretende participar da próxima reunião da Organização Internacional de Saúde Animal, prevista para o fim deste mês. Quer defender as medidas adotadas pelo Estado, que há 12 anos não registra focos de febre aftosa, e reafirmar o compromisso com normas internacionais de sanidade.
 
O status de área livre de aftosa, ainda que com vacinação, é importante para São Paulo retomar as exportações de carne para mercados importantes como União Européia e Chile, que pagam melhor pelo produto. O secretário acredita que o fim do embargo ao Estado está próximo, mas admite que a situação causa prejuízos.
 
– Ainda exportamos grandes volumes, mas a um preço pior – explicou.
 
Calendário
 
O pecuarista tem até o dia 31 deste mês para vacinar o rebanho e até 9 de junho para comprovar a participação nesta primeira etapa da campanha, mediante a apresentação dos comprovantes de compra das vacinas aos escritórios de Defesa Agropecuária.
 
Quem perder o prazo de imunização será multado em cinco Ufesp's por cabeça, o equivalente a R$ 74,40. Quem deixar passar a data limite para atestar a vacinação será multado em três Ufesp's por cabeça, que equivalem a R$ 44,64.
 
O mesmo calendário vale para a vacinação contra a raiva bovina, restrita às regiões de Guaratinguetá, Mogi das Cruzes e Pindamonhangaba, onde ainda há maior risco de incidência do morcego hematófago, causador da doença.
 
A segunda etapa de vacinação do rebanho paulista, estimado em 12 milhões de cabeças, está prevista para novembro.