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 | 30/04/2008 22h31min

Chega ao mercado nova vacina contra febre aftosa

Produto não possui proteínas que estimulam produção de anticorpos que causam reações falso-positivas

Kátia Baggio  |  reportagem@canalrural.com.br

Chegou ao mercado nacional uma nova vacina que pode reduzir os resultados de falso-positivo, que ocorrem com a vacina tradicional. A diferença da nova vacina é que foram retiradas proteínas que estimulam a produção de anticorpos pelo organismo que podem causar reações falso-positivas.

Esse efeito colocou em dúvida vários testes de sorologia, especialmente no gado do Paraná, em 2005. Na época, o Ministério da Agricultura anunciou que o Estado tinha casos da doença a partir de resultados de sorologia. Uma distribuidora de Londrina recebeu nesta quarta-feira mais de cem mil doses da vacina limpa, como está sendo chamada pelo fabricante. O método de aplicação é o mesmo da convencional e, segundo o distribuidor, o preço também.

– Já houve uma procura 300% maior do que a vacina tradicional, no mesmo período do ano passado. Os produtores estão conscientes para os benefícios dessa nova vacina – afirma o distribuidor Serafini.

Segundo o fabricante da vacina, a fórmula atende uma exigência do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), para acabar com questionamentos sobre os resultados de investigações soroepidemiológicas. Esses laudos são a base para se estabelecer áreas livres de aftosa com vacinação no Brasil.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, a orientação, por enquanto, é para que todos os laboratórios passem a fabricar a vacina limpa. Mas confirma que a tradicional continua aceita pelo Ministério.

Com a vacina tradicional, de 1% a 4% dos animais que recebem várias doses podem apresentar a reação falso-positiva. De acordo com o pesquisador da Universidade Estadual de Londrina, Amauri Alfieri, o índice de falso-positivo da nova tecnologia deveria ser próximo de zero, mas não se sabe se isso vai se confirmar na vacinação em massa. Para ele, a vacina pode ser útil em áreas onde a doença foi comprovada.

– Essa vacina vai ser interessante principalmente em regiões que estão saindo de foco, onde o ministério faz monitoramento sorológico para medir a circulação viral. Em regiões de fronteira, onde há realmente necessidade de ver se há circulação viral. Mas, não podemos descartar as vacinas convencionais, afinal, faz 30 anos que estamos trabalhando com elas e elas têm cumprido seu papel a contento – garante Alfieri.

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