| 11/03/2005 13h57min
A Emater divulgou nesta sexta, dia 11, o terceiro levantamento sobre a situação da soja no Rio Grande do Sul. Os números analisados indicam produtividade média de 782 quilos por hectare contra os 2.007 quilos por hectare esperados inicialmente para esta safra, o que representa uma redução de 61,04%.
A projeção é de uma produção total de 3,2 milhões de toneladas para 2005, cerca de 5,07 milhões a menos do que a esperada (8,3 milhões de toneladas).
Conforme a série histórica da soja da Emater, até o momento, esta é a segunda menor produção desde 1974 (32 safras), sendo maior apenas que a safra de 1991, quando foram colhidas, segundo o IBGE, 2,22 milhões de toneladas retiradas de 3,117 milhões de hectares cultivados (712 quilos por hectare).
O levantamento divulgado nesta sexta levou em consideração as informações de 261 municípios que representam 76% do cultivo com a oleaginosa no Estado e refletem a situação das lavouras entre os dias 23/02 e 08/03.
Já na lavoura de milho, as perdas médias com o milho já atingem os 55%. Conforme os técnicos da Emater, o índice é devido parte das lavouras terem sido plantadas até o início de outubro e colhidas recentemente com rendimentos satisfatórios ou mesmo dentro da média esperada em alguns casos.
O grande prejuízo vem ocorrendo nos 50% plantados depois de meados de outubro de 2004, quando se intensificou o quadro de estiagem no Estado. Em algumas zonas onde as perdas são totais, as lavouras de milho estão sendo destinadas à alimentação animal de forma direta (pastoreio) ou em forma de silagem.
A região dos vales dos Rios Caí, Pardo e Taquari os produtores de hortigranjeiros iniciaram a colheita das variedades mais precoces do aipim. Em decorrência da estiagem, o rendimento está sendo considerado baixo, e a quebra deve ser de aproximadamente 20%, de acordo com as estimativas dos técnicos da região. No Vale do Taquari, isso representa 10.725 toneladas, no Vale do Rio Pardo, 13.284 toneladas e no Vale do Caí, 10.110 toneladas.
Na Serra, dois grandes municípios produtores de batata, Bom Jesus e Carlos Barbosa, com 4.800 hectares cultivados estão em plena colheita. Devido à estiagem o rendimento médio está em 17,5 toneladas por hectare contra as 25 toneladas por hectare do ano anterior. Os produtores de tomate, na mesma região, estão abandonando as lavouras devido à falta de água para irrigação.
Os técnicos projetam uma redução de 30% na produção de caqui na Serra. A cultura atualmente ocupa 1.140 hectares. No município de São Pedro da Serra, principal produtor de figo, as perdas contabilizadas atingem 70%. A exceção fica com três hectares dos seis cultivados em Poço das Antas. A área dispõe de um eficiente e bem dimensionado sistema de irrigação está produzindo uma excelente safra e as plantas estão apresentando um alto grau de sanidade.
As projeções de perdas na maçã para a região dos Campos de Cima da Serra permanecem em 40% e em 30% para a região de Caxias do Sul.
As informações são do Governo do Rio Grande do Sul.
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