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Testes realizados em amostras de 28 animais de uma fazenda no Mato Grosso do Sul suspeitos de terem febre aftosa deram negativo para a presença da doença, informou o Ministério da Agricultura nesta terça, dia 4. O Brasil registrou dois focos de febre aftosa em 2004, mas ambos em regiões que não são áreas exportadoras de carne (Amazonas e Pará).
– Terminamos a terceira leitura dos exames e todas elas deram negativo para a aftosa, afirmou o diretor do Departamento de Defesa Animal do ministério, Jorge Caetano Júnior.
O governo encaminhou amostras para um exame que funciona como contraprova depois que testes preliminares, realizados em dezembro, indicaram a possibilidade de os bois estarem com febre aftosa.
Caetano Júnior acredita que os exames preliminares indicaram a presença da doença porque os bois haviam sido vacinados há pouco tempo e os organismos dos animais ainda estavam reagindo ao medicamento.
– Possivelmente houve interferência da vacina no resultado. Os animais haviam sido vacinados poucos dias antes dos exames preventivos – explicou.
O Ministério da Agricultura vai encaminhar os resultados dos exames para os países que pediram informações sobre os possíveis casos de aftosa no Mato Grosso do Sul, como Chile e Austrália (este último chegou a proibir as importações de carne brasileira, apesar de não ser um cliente tradicional do país).
O governo elevou em 2004 os investimentos na área sanitária para tentar vencer a febre aftosa, que pode prejudicar as exportações de carnes brasileiras. A Rússia, um dos principais clientes no exterior, proibiu os embarques de qualquer tipo de carne "in natura" brasileira em setembro de 2004, após o segundo foco de aftosa. O país aliviou apenas parcialmente o embargo no final do ano passado, liberando os embarques do Estado de Santa Catarina.
As informações são da agência Reuters.
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