| 03/01/2005 20h55min
A Rússia definiu como funcionarão as cotas para importação de carnes em 2005 e deixou o Brasil em segundo plano ao não conceder, como pedia o governo brasileiro, cotas separadas e volumes maiores para o país.
O Brasil, apesar de ter sido um dos principais fornecedores de carne da Rússia em 2004, vai ter que disputar com outros países cotas pequenas para carne bovina, suína e de frango, cujos tamanhos ficaram praticamente iguais aos do ano passado.
As novas cotas só foram definidas no dia 31 de dezembro, quando o governo russo publicou os dados no diário oficial. Para a carne de frango, a cota de importação total em 2005 ficou em 1,05 milhão de toneladas, estável ante 2004. As importações totais de suínos deverão crescer para 467,4 mil toneladas. No ano passado, correspondiam a 450 mil toneladas, apontou o comunicado.
As importações de carne bovina congelada aumentarão para 430 mil toneladas em relação a 420 mil toneladas em 2004. Já as importações de carne bovina resfriada ficarão estáveis, em cerca de 27,5 mil toneladas.
A Rússia têm limitado as importações de carne por meio das cotas desde 2003, para proteger os criadores locais. Sob o novo regime, os Estados Unidos poderão vender à Rússia 771,9 mil toneladas de carne de frango, a União Européia, 205 mil toneladas, o Paraguai, 5 mil toneladas, enquanto outros países, incluindo o Brasil, serão incluídos no volume restante, de 68,1 mil toneladas.
Os Estados Unidos também receberão uma cota para carne suína de 53,8 mil toneladas, a União Européia, de 236 mil toneladas, o Paraguai, de mil toneladas, e outros países, de 176,6 mil toneladas.
Os Estados Unidos poderão exportar 17,7 mil toneladas de carne bovina congelada, a União Européia, 339,7 mil toneladas, o Paraguai, 3 mil toneladas, enquanto o resto do mundo, incluindo o Brasil, 69,6 mil toneladas.
No ano passado o Brasil estava incluído nas cotas com outros países para volumes de 68 mil toneladas para frangos, 179,5 mil toneladas para suínos e 68 mil toneladas para carne bovina.
Exportadores brasileiros conseguiram exportar bem mais que isso, devido a problemas sanitários (vaca louca e gripe aviária) em outros fornecedores, que fizeram com que o governo russo abrisse exceções. Mas não há garantia de que o procedimento continue em 2005.
Além de manter o país sem cotas próprias e não elevar os volumes, a Rússia também mantém um embargo parcial a todas as importações de carne do Brasil, com exceção dos produtos vindos de Santa Catarina, devido aos focos de febre aftosa registrados no país em 2004.
As informações são da agência Reuters.
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