| 22/12/2004 15h
A secretaria estadual de Produção e Turismo do Mato Grosso do Sul (Seprotur) está investigando um possível foco de aftosa na cidade de Paranhos, na fronteira com o Paraguai, no extremo sul do Estado. Em entrevista concedida nesta quarta, dia 22, o secretário Dagoberto Nogueira informou que a denúncia veio do Paraguai e chegou até o Ministério da Agricultura, que por sua vez acionou a Delegacia Federal de Agricultura (DFA/MS) para verificá-la.
A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro) já esteve no local para fazer o primeiro exame de sorologia nos animais, e segundo o secretário foram registrados 28 resultados positivos. Nogueira atribuiu o resultado ao fato de os animais terem sido vacinados recentemente, já que eles não apresentam sintomas da doença como baba abundante e feridas. O abate chegou a ser marcado, mas o Ministério da Agricultura determinou que novos exames de sorologia sejam realizados e encaminhados para um laboratório de Belém, no Pará.
– A fazenda foi interditada, os 52 animais – sendo 28 dados como soro-positivo – foram identificados e brincados, e a propriedade está sendo monitorada diariamente por um grupo de técnicos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) – afirmou Nogueira.
De acordo com o Nogueira, não existe nenhum frigorífico na faixa de fronteira trabalhando com exportação, e os mais próximos – apenas dois – estão interditados há mais de 60 dias. O secretário acredita que a suspeita não deverá prejudicar o mercado internacional.
Por estar na fronteira com o Paraguai, a fazenda – que pertence a um brasiguaio (brasileiro radicado no Paraguai) – tem sede no Brasil com uma pequena extensão, entre 20 e 25 hectares, e possui grande parcela de terras no lado paraguaio, com mais de 1.000 hectares. A área permanecerá monitorada oficialmente pelo Iagro e também pelo serviço de inteligência da Delegacia de Operações de Fronteira (DOF), que está investigando a origem do gado.
Segundo o secretário, os resultados de um novo exame devem sair dentro de 15 a 20 dias, quando será possível confirmar se os animais foram mesmo infectados. Em 2002 foi registrado o último foco de aftosa no Mato Grosso do Sul, no distrito de Canindeyu, no Paraguai, na fronteira com o município de Sete Quedas, região sul de MS.
As informações são do site do governo do Mato Grosso do Sul.
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