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Produção registra crescimento pelo sexto mês consecutivo

Desempenho foi puxado por bens de capital e de consumo duráveis

A produção industrial aumentou 1,1% em agosto na comparação com julho na série livre de ajustes sazonais, na sexta taxa positiva neste tipo de comparação. A informação foi divulgada nesta segunda, dia 11, pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No confronto com iguais períodos do ano passado, os índices também são positivos: 13,1% frente a agosto de 2003, a décima segunda taxa positiva consecutiva, e 8,8% no acumulado janeiro-agosto. Essa ampliação no ritmo produtivo também se reflete na trajetória do indicador acumulado nos últimos 12 meses, que passa de 5,1% em julho para 6,5% em agosto.

Nos últimos meses o desempenho industrial vem se caracterizando pela liderança dos setores de bens de capital e de bens de consumo duráveis, com ritmo de crescimento bem acima da média industrial. O desempenho de bens intermediários situa-se próximo ao da média, enquanto a produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis assinala crescimento mais moderado.

No corte por categorias de uso, os destaque são bens de capital, que entre julho e agosto últimos avançou 2,3%, e bens de consumo duráveis (2,2%). Desde março de 2004, ambos os setores mostram resultados positivos, acumulando nesse período taxas de 14% e 17%, respectivamente. A produção de bens intermediários (0,3%), área de maior peso na estrutura industrial, exibe crescimento desde janeiro, acumulando no período 7,6% de expansão.

Na comparação com agosto de 2003, o aumento de 13,1% observado no total da indústria tem um perfil generalizado, uma vez que alcança 25 das 27 atividades investigadas e todas as categorias de uso. Os acréscimos que mais pressionaram o resultado global foram apontados pelas indústrias de veículos automotores (45,6%), máquinas e equipamentos (30,5%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (31,3%) e outros produtos químicos (9,3%).

Ainda na comparação com agosto de 2003, bens de consumo duráveis (36,2%) e bens de capital (32,3%) mantêm ritmo acima da média global da indústria (13,1%). A produção de bens intermediários registra elevação de 11,1%, ao passo que o setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis alcança crescimento mais moderado (6,3%).

De acordo com o IBGE, a evolução dos índices de média móvel trimestral, construídos a partir das séries livres de influências sazonais, confirma a manutenção da tendência de expansão da atividade industrial iniciada em março. Esse movimento atinge a indústria de forma geral, com os setores de bens duráveis, com forte encadeamento interindustrial, e o de bens de capital, associado aos investimentos, apresentando maior dinamismo.

 
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