| 01/07/2004 12h57min
O quarto bloco do encontro entre os pré-candidatos à prefeitura de Florianópolis, promovido pela RBS TV nesta quinta, dia 1º, voltou ao formato de perguntas com temas livres.
O bloco iniciou com Dário Berger (PSDB) comentando sua atuação frente à prefeitura de São José em relação à saúde – passando de cinco postos de saúde para 17 (com dois em construção) e uma policlínica e perguntando à Sérgio Grando (PPS) qual a sua proposta para a saúde de Florianópolis.
Grando respondeu que, quando foi prefeito de Florianópolis, o sistema da Capital recebeu muitos pacientes da cidade vizinha e que, na época, implantou um posto de saúde a cada três quilômetros. Além disso, foi criado o programa Saúde da Família, onde médicos vão às residências em visitas regulares. Essas ações teriam melhorado o sistema de saúde da cidade, mas, segundo Grando, é possível fazer ainda mais.
Berger ressaltou que, além da ampliação de postos de saúde e do programa de Saúde da Família, pretende construir mini-hospitais em diversas regiões da ilha. Grando lembrou também que, em seu mandado, valorizou a educação preventiva e concorda que Florianópolis precisa de ações mais radicais para atender regiões mais distantes.
Em seguida, Grando perguntou a Rogério Portanova (PV) qual a proposta do pré-candidato para a geração de empregos. Portanova afirmou que pretende fazer uma administração transparente, com a publicação de todas as contas na internet. A geração de emprego e renda está estabelecida no projeto de governo elaborado pelo partido e inclui, entre outras ações, a transformação da cidade em um pólo esportivo e de eventos.
O ex-prefeito Sérgio Grando lembrou que a criatividade é necessária na administração pública e que as universidade do Estado estão repletas de projetos, mas que é preciso ter uma política municipal de incentivo e de ocupação do solo. Portanova afirmou que a perspectiva da geração de renda deve ser trabalhada como inserção social daqueles que estão excluídos pelo sistema neoliberal.
Portanova perguntou a Afrânio Boppré (PT) qual as ações prevista para a inserção social e melhoria da qualidade de vida. O petista afirmou que as duas questões são inseparáveis, uma vez que a segurança e a educação estão diretamente ligados à qualidade de vida. Para Boppré, ou há políticas publicas que consigam fazer a inclusão social com melhoria da qualidade de vida ou essa qualidade vai se degradando.
Portanova ressaltou que qualidade de vida não é só para a classe média e lembrou do trabalho de padre Vilson, no Maciço do Morro da Cruz. Afrânio afirmou que o PT está integrado com os movimentos no Maciço do Morro da Cruz. O pré-candidato petista lembrou também que é preciso de iniciativa para a criança e o adolescente, e que essas opções não custam caro, mas necessitam de vontade política.
Francisco de Assis (PP) foi questionado por Afrânio Boppré sobre a democratização escolar, uma vez que a atual administração permitiu a eleição dos diretores mas, segundo Boppré, isso por si só não garantia a democracia. Assis respondeu que a eleição foi implantada, mas com a exigência da qualificação do candidato.
Além disso, as associações de pais e professores (APPs) também participam da gestão. E está em fase de implantação uma experiência para a autonomia da gestão dos recusos, aumentando a velocidade nas ações de gerenciamento escolar.
O pré-candidato do PT ressaltou que o modelo proposto por seu plano de governo, pois além das APPs, conselhos de escolas também poderiam participar da administração. Assis lembrou que, atualmente, as decisões de uma escola não são tomadas por uma só pessoa, mas sim por um grupo.
Assis questionou Aloísio Piazza sobre o seu apoio ao projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores e que garante total gratuidade do transporte urbano para estudantes.
Piazza afirmou que o projeto é complexo, mas tem sua vertente de legalidade e constitucionalidade. A viabilização da gratuidade seria feita através de projetos e ações como o caroninha, sem reflexo na tarifa.
Assis afirmou que, hoje, mais de um milhão de estudantes utilizam o tranporte urbano e que gratuidade comprometeria 10% do orçamento municipal, o que seria inviável. O pré-candidato do PP afirmou que um candidato a prefeito deve ter responsabilidade para assumir apenas atos exeqüíveis e não demagógicos.
O peemedebista respondeu que o projeto da Câmara de Vereadores não é demagógico e que todos podem ter acesso ao parecer dele.
Finalizando o bloco, Piazza manteve o tema e perguntou a Dário Berger (PSDB) qual a proposta dele paa o transporte urbano em Florianópolis. Berger respondeu que o atual sistema não atende aos desejos da população, mas tem suas vantagens. O tucano afirmou que há uma equipe técnica estudando o assunto e que uma das saídas poderias ser um sistema misto, com tarifa única.
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