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Os comentários sobre a transferência do ministro-chefe do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, não passam de especulação. Essa é a opinião do político gaúcho que estaria sendo cotado para assumir o ministério da Educação, substituindo Cristovam Buarque.
– É uma especulação natural da imprensa num momento de mudança, de reforma ministerial, que acolho com naturalidade como o quadro político do governo. Mas não há nenhuma posição do presidente da República a respeito desta questão e estou inteiramente dedicado a dar continuidade a meu trabalho na secretaria – afirmou Tarso em Brasília.
Apesar de Tarso descartar a possibilidade, o deputado Professor Luizinho (PT-SP) admitiu que o atual titular da pasta, Cristovam Buarque, poderia deixar o cargo. Luizinho disse que "a possibilidade da questão dele (Cristovam) é real''. Esses sinais contraditórios só serão esclarecidos com o anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta, dia 23.
Até o momento, o governo anunciou apenas a substituição de Roberto Amaral por Eduardo Campos, ambos do PSB, no Ministério da Ciência e Tecnologia.
Mas já estão definidos outros três nomes: Aldo Rebelo (PCdoB-SP) vai assumir um novo ministério de articulação política, Patrus Ananias (PT-MG) será o superministro da área social, e Eunício Oliveira (CE) ocupará uma das duas pastas a serem dadas ao PMDB, provavelmente a das Comunicações.
Com a nova pasta social, perdem o emprego os ministros José Graziano, da Segurança Alimentar e Combate à Fome, e Benedita da Silva, da Assistência Social, que serão extintos. E Miro Teixeira deixa as Comunicações.
Como o PMDB deve ficar com a Previdência, as novas mudanças envolveriam a transferência do atual titular, Ricardo Berzoini, para o Ministério do Trabalho, substituindo Jaques Wagner, que iria para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, vaga aberta com a provavel saída de Tarso.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está lutando para manter Berzoini na Previdência. Mesmo não tendo concordado totalmente com a reforma da Previdência, a Central apoiou a maior parte das modificações. Um manifesto assinado por 59 dirigentes sindicais cutistas, liderado por bancários (origem sindical de Berzoini) foi encaminhado na quarta-feira ao presidente Lula pedindo a permanência do ministro na pasta. Sobre o ministério do Trabalho, o presidente da CUT, Luiz Marinho, afirmou que defende a permanência do baiano Jaques Wagner, petroleiro ex-CUT.
O ministério extraordinário da coordenação política, nova pasta criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será realmente ocupada pelo líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele confirmou que aceitou o convite na tarde desta quinta, dia 22. O substituto de Rebelo em seu atual posto ainda é desconhecido. A escolha também deverá ser feita pelo presidente. O novo ministério terá como objetivo dividir as atribuições que, na avaliação do governo, estão sobrecarregando o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
– Isso vai ampliar a relação de cooperação entre o governo e o Congresso – disse Rebelo no Palácio do Planalto, após encontro com Dirceu.
O deputado Eduardo Campos (PSB-PE) assumirá na próxima quarta, dia 29, o Ministério da Ciência e Tecnologia, em substituição a Roberto Amaral. O parlamentar, que é líder do partido na Câmara, aceitou o convite feito na noite de quarta, dia 21, pelo presidente Lula após conversar com a bancada do PSB no Congresso e com a Executiva do partido.
As informações são da agência Reuters.
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