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Há um ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, para fazer sua primeira grande aparição internacional e pedir aos reis da economia e da política de todo o mundo que apoiassem sua luta contra a pobreza. Nesse ano, Lula não comparece à cúpula dos principais líderes empresariais e de membros de bancos centrais que será realizada de 21 a 25 de janeiro.
Também não vão estar lá o presidente argentino Nestor Kirchner, o chileno Ricardo Lagos, o mexicano Vicente Fox ou o peruano Alejandro Toledo. O presidente do Equador, Lucio Gutierrez, será o único latino-americano no encontro. O Fórum, que defende o livre mercado e os investimentos externos, perdeu o charme entre os líderes latino-americanos, que tentam melhorar suas economias atingidas por pesadas dívidas e pela alta taxa de pobreza.
Além disso, os resultados recentes mostram que esses líderes não precisam mais ficar tão próximos da elite econômica mundial.
– Eu acho que os governantes estão descobrindo que se ficarem mais distantes, ainda poderão conseguir o que querem – disse o especialista em opinião pública argentino Manuel Mora y Araujo.
O Brasil tem se revelado um bom lugar para os investidores, que na semana passada mostraram forte apetite pelos títulos da dívida do país com prazo de 30 anos. A Argentina vem se recuperando da crise financeira que caiu sobre o país há dois anos e assegurou um acordo vital com o Fundo Monetário Internacional (FMI). E o Chile conseguiu costurar um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
Lula, Kirchner e Lagos já se levantaram contra os Estados Unidos e contra a Europa na questão dos subsídios agrícolas, da guerra do Iraque e sobre o fracasso das políticas de livre mercado na melhora da situação econômica da região.
As informações são da agência Reuters.
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