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O senador Paulo Paim (PT-RS) acabou com o mistério e confirmou, no final da tarde desta quarta, dia 26, que votará a favor do texto principal da reforma da Previdência, porque avalia que as negociações em torno do subteto, das regras de transição, da paridade e da taxação dos inativos avançaram junto ao governo.
Paim afirmou que tem a garantia do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, dos presidentes da Câmara e do Senado, e dos líderes da base de que a PEC paralela contemplará todos estes temas e será aprovada em meados de janeiro.
– Negociar é preciso. Pressionar é preciso, mas não dá para achar que vamos ganhar 100% das reivindicações. Oitenta por cento dos pontos estão contemplados e tenho a palavra do presidente da República. Se não acreditar nisso, tenho que sair do partido. Um bom negociador tem que saber negociar e ceder. A negociação avançou por isso meu voto será na PEC 67 – disse.
Os servidores na galeria ficaram decepcionados com a decisão de Paim. Tão logo ele anunciou seu voto, os presentes manifestaram seu desapontamento.
– Ah! – disseram.
Paulo Paim era a única dúvida do PT na votação. Serys Slhessarenko já havia confirmado sua decisão de obedecer a liderança do partido no fechamento de questão. O único voto do PT contra a reforma deverá ser, mesmo, o da senadora Heloísa Helena (AL). Segundo ela, seu mandato foi dado pelo povo, e não pelas elites ou pela burocracia partidária, e por isso vai continuar defendendo as idéias que sempre defendeu. A senadora disse ainda que, se for expulsa do partido, "vai chorar muito, mas não vai chorar o resto da vida abraçada à bandeira do PT".
Com informações da Agência Brasil.
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