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Governo deve aprovar com folga texto básico da reforma

Proposta deve ser aprovada com, pelo menos, 57 votos

Após o acerto com o PMDB, que se rebelou na última hora, o governo deverá aprovar com folga em primeiro turno o texto básico da reforma da Previdência no Senado nesta quarta, dia 26, na avaliação de senadores. Levantamento preliminar feito por parlamentares mostra que o governo deve obter, pelo menos, 57 votos entre os 81 senadores, acima dos 49 votos mínimos para a aprovação da matéria. Por se tratar de uma emenda à Constituição são necessários três quintos dos votos do Senado para sua aprovação. Pressões do Palácio do Planalto estariam ajudando no convencimento de parcela da oposição.

Da base aliada no Senado (PT-PMDB-PSB-PTB-PL-PPS), o governo espera obter 43 votos. Na oposição, cerca de 8 senadores dos 17 do PFL aderiram à proposta de alteração da Previdência, pelas contas da senadora Roseana Sarney (PFL-MA) - ela própria uma aliada do governo. O líder do partido no Senado, José Agripino Maia (PFL-RN), disse que pelo menos dois senadores da legenda receberam telefonemas do Palácio do Planalto.

Após conversar na terça com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Jonas Pinheiro (PFL-MT) mudou seu voto. Mas o senador Romeu Tuma (PFL-SP), que recebeu telefonema do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve manter o voto contrário, conforme orientação da bancada. No PSDB, seis dos 11 senadores devem votar com o governo, segundo o líder da legenda, senador Arthur Virgílio (AM). O partido não fechou questão sobre a votação e liberou a bancada.

– No PSDB, cada senador vota com a sua consciência – disse Virgílio, que prevê, assim como Agripino, uma longa sessão.

O início da votação só deve ocorrer à noite. Os cinco senadores do PDT devem votar contra.  As informações são da agência Reuters.

 
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