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Aprovado o texto básico da reforma tributária no plenário da Câmara dos Deputados, o governo enfrentará uma outra batalha na próxima terça, dia 9, quando serão votados os destaques e as emendas ao relatório. O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), assegurou que vai continuar buscando diálogo com os partidos de oposição sobre a votação das 40 emendas aglutinativas e dos 8 destaques da reforma.
O primeiro passo será buscar o diálogo com o PFL, que deixou o plenário em um clima tenso e debaixo de vaias, e o PSDB. Diante do clima pesado, o governo poderá ter que fazer novas concessões para evitar que mudanças indesejáveis sejam feitas nessa etapa.
– Vou conversar com o PFL e o PSDB e tentar concentrar o debate no que for mais essencial, além de verificar se alguma coisa imprescindível para os dois partidos é passível de aceitação pela base governamental, para tentar estabelecer um acordo – explicou João Paulo Cunha, cuja autonomia no comando da Casa foi muito questionada pela oposição nesta madrugada.
O PFL, no entanto, não pretende facilitar e se mostra pouco simpático à tentativa do governo de fazer um acordo para diminuir o número de votações. O líder do partido na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), que liderou a debandada dos pefelistas do plenário, disse na tarde desta quinta, dia 4, que o partido irá usar o regimento para atrasar a votação o máximo possível.
As votações dos destaques e emendas serão nominais, cabendo à base aliada garantir na maioria delas os 308 votos contra as tentativas de modificação do texto aprovado na madrugada desta quinta. A previsão é que que o 1º turno da votação seja concluído próxima quarta, dia 10, e o segundo turno no dia 23 de setembro, para que a proposta siga então para o Senado.
As informações são da agência Brasil e Reuters.
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