| 22/06/2003 20h08min
Após dois anos de relações difíceis, a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) tentam um recomeço esta semana. O diretor-gerente do FMI, Horst Köehler, inicia nesta segunda, dia 23, uma visita de dois dias à Argentina do recém-eleito presidente Néstor Kirchner.
Considerada nos anos 1990 a melhor seguidora do receituário do FMI, a Argentina caiu em desgraça entre os defensores do livre mercado quando deu o calote numa dívida de US$ 95 bilhões após ter entrado em colapso econômico há um ano e meio. A situação argentina jogou o FMI sob fogo cerrado dos críticos da instituição multilateral, que não socorreu o país quando ele mais precisava. Há apenas seis meses os dois lados conseguiram fechar um acordo de US$ 6,8 bilhões que expira em agosto. Na sexta, dia 20, o FMI aprovou a segunda revisão do acordo após algum atraso.
– Essa visita é um sinal de que as relações tempestuosas ficaram para trás – comentou um ex-funcionário do Ministério da Economia, Miguel Bein, que chegou a se encontrar com Köehler na única visita anterior dele à Argentina, em maio de 2000.
Funcionários do FMI e do Tesouro norte-americano têm defendido um acordo de longo prazo com a Argentina ao invés da renovação do atual. Köehler chegou a afirmar a jornalistas que está otimista sobre o futuro da Argentina e sugeriu que o novo governo ataque primeiro a pobreza e o desemprego.
Contudo, qualquer acordo com o FMI estará sujeito a compromissos com reformas estruturais. A vice do FMI, Anne Krueger, já declarou que a reestruturação da dívida e uma profunda reforma do setor bancário são prioridades.
Com informações da agência Reuters.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.