| 22/04/2003 19h21min
O relatório que pede a cassação do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) será votado apenas na próxima terça, dia 29. A transferência da data foi uma manobra do PFL para que o documento apresentado na Comissão de Ética do Senado não fosse aprovado nesta terça, dia 22. Os senadores Demóstenes Torres (PFL-GO) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) pediram vistas do relatório do senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) sobre o suposto envolvimento de ACM no esquema de escuta ilegal de telefones de dezenas de pessoas na Bahia.
Mesquita declarou em seu relatório que é evidente que o senador baiano infringiu o decoro parlamentar ao se envolver em escutas telefônicas ilegais em seu Estado. De acordo com a leitura do documento, indícios fortes comprovam a relação de ACM com os grampos. Os depoimentos dos jornalistas da IstoÉ, Luiz Cláudio Cunha e Welleir Diniz, confirmaram as suspeitas que recaíam sobre o senador ao apresentarem trechos de gravações feitas com Antônio Carlos confirmando a participação nas escutas. O relatório, caso aprovado, será encaminhado para a Mesa Diretora, que providenciará a abertura do processo ou o seu arquivamento.
– Quem em sã consciência pode negar que o senador Antonio Carlos usou informações colhidas de forma criminosa em proveito próprio?– perguntou-se Mesquita no Conselho de Ética.
ACM não estava presente na reunião que definiu o adiamento da votação. Durante a leitura do relatório, o parlamentar assistia a uma homenagem a seu filho Luiz Eduardo Magalhães, morto em 21 de abril de 1998, realizada no plenário do Senado.
As informações são da Globo News.
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