| 03/04/2003 18h11min
O Conselho de Ética do Senado aprovou na tarde desta quinta, dia 3, requerimento para convidar o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) a prestar depoimento sobre o suposto envolvimento dele no caso dos grampos telefônicos na Bahia. ACM, que tem a prerrogativa de escolher a data e o horário para depor, ainda não se manifestou. No entanto, os senadores do conselho querem ouvi-lo na próxima semana.
O requerimento foi aprovado após depoimentos dos jornalistas da revista IstoÉ Weiller Diniz e Luiz Cláudio Cunha. Este último confirmou que foi Antônio Carlos Magalhães quem lhe entregou transcrições das fitas resultantes de grampos ilegais em telefones da Bahia, interceptando conversas de políticos, entre eles do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), adversário de ACM.
Cunha apresentou também uma fita com conversas dele próprio com o senador sobre os grampos, na qual ACM admite que foi o mandante das escutas ilegais contra Geddel. A fita, segundo o jornalista, passou por uma perícia e tem laudo do perito Ricardo Molina atestando sua autenticidade e comprovando que a voz pertence ao senador baiano.
O depoimento de Weiller Diniz foi mais curto, durando aproximadamente 40 minutos. O jornalista repetiu as afirmações feitas pelo seu colega e confirmou que ACM disse a eles que seria o mandante dos grampos. O senador divulgou nota negando as afirmações de Cunha.
Para o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), as provas são contundentes contra ACM. O senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), relator do processo no Conselho de Ética, disse que já há elementos suficientes para a elaboração de relatório sobre o caso.
© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.