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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, sinalizou nesta terça, dia 15, que nem a inflação nem a recente queda do dólar são ameaças para a economia brasileira no médio prazo. Palocci disse a repórteres em Nova York – onde busca fortalecer relações comerciais além de participar de encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) – que a inflação está numa tendência declinante e que não há "nada a temer", mas que o governo tem de permanecer vigilante em sua campanha contra a alta dos preços.
Mesmo que os números da inflação estejam acima da meta do governo para 2003 de 8,5%, Palocci disse que não há planos para alterá-la, principalmente em face da recente queda dos preços internacionais do petróleo.
Perguntado sobre o comportamento do câmbio, Palocci afirmou que o governo acredita que a taxa de câmbio vai encontrar seu próprio equilíbrio. O ministro disse a analistas e investidores em Nova York que o Brasil não retomará medidas que provaram ser ineficazes, como a política de câmbio fixo.
– Não vamos repetir os erros do passado porque cometer esses erros antigos não é justo com o Brasil – disse ele.
Palocci sugeriu ainda que um câmbio valorizado não comprometerá a competitividade das companhias brasileiras no mercado mundial, e citou o robusto crescimento das exportações em setores como a agricultura. Ele refutou a visão de que, apesar dos elogios, Wall Street tem resistido em ampliar as linhas de crédito para o Brasil.
– Não há uma tendência de queda nas linhas de crédito para o Brasil – garantiu Palocci.
O ministro enfatizou ainda que não há pressa para voltar ao mercado internacional de capitais. Segundo ele, a melhoria das condições econômicas significa que o país não está sob pressão para emitir títulos da dívida. Os bônus brasileiros subiram quase 29% desde o começo de 2003, animados com o andamento das reformas e com o comprometimento de Lula com uma política fiscal austera.
As informações são da agência Reuters.
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