A polícia do Mato Grosso do Sul prendeu nesta quarta, dia 19, dois homens suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente (SP), Antônio José Machado Dias. Os dois foram detidos em Campo Grande.

Segundo a polícia, um dos suspeitos seria "muito parecido" com o retrato falado divulgado pela polícia de São Paulo sobre a dupla que matou o juiz a tiros, na última sexta, dia 14.

A polícia paulista espera resolver logo o caso. Segundo os investigadores, a ordem para matar o juiz veio do presídio de Avaré, no interior do Estado, onde foi encontrada uma carta que reforçava as suspeitas do envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no crime.

Com a dupla, foram apreendidos um revólver calibre 38 e uma pistola 9 milímetros, tipo de arma que teria sido usada no crime. Ainda segundo a polícia, os dois detidos disseram que não estavam em Campo Grande no dia do assassinato. Um deles tem passagem por homicídio.

Antônio José Machado Dias, que era responsável por conceder ou negar benefícios ao presos da região de Presidente Prudente, foi assassinado por volta das 18h da última sexta, dia 14, quando saía do Fórum do município. Seu Vectra foi fechado por um Uno e um outro carro.

Dois homens estavam no Uno. O que estava no banco do passageiro disparou contra a cabeça do juiz. O Vectra bateu contra uma árvore. O assassino desceu do veículo e atirou novamente.

No início das investigações, a polícia cogitou a hipótese do crime estar ligado à transferência do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, do presídio carioca de Bangu para o de Presidente Prudente (SP). Beira-Mar deve ficar em São Paulo somente até 29 de março, quando será transferido para outro Estado.