| 15/03/2003 20h13min
Autoridades que investigam a morte do juiz de execução criminal de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias, 48 anos, informaram neste sábado, dia 15, que já têm o retrato falado do rapaz que efetou os disparos.
O juiz – também corregedor de presídios onde estão líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o traficante carioca Fernandinho Beira-Mar – foi morto em uma emboscada no final da tarde da última sexta por dois homens, logo depois de sair do fórum da cidade, do qual era diretor.
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Abreu, alguns detalhes já foram descobertos mas estão sendo mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações.
Uma das hipóteses a serem investigadas é a possibilidade de participação de Beira-Mar, que no dia 27 de fevereiro foi transferido do presídio de Bangu, no Rio, para a penitenciária de Presidente Bernardes.
Entre outras atribuições, Dias era responsável pela liberação e transferência de presos. O Vectra que o juiz dirigia foi fechado por um Fiat Uno com dois homens. Dias foi atingido por quatro tiros de pistola calibre 9mm, um deles na cabeça.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, designou três promotores de Presidente Prudente para acompanhar as investigações.
Durante o enterro do juiz, no final da tarde deste sábado, o governador Geraldo Alkmin reiterou que todos os esforços estão voltados para elucidar o mais rapidamente possível o crime e prender os culpados. O governador disse que nenhuma hipótese está sendo descarta, nem mesmo a da execução estar ligada à transferência de Beira-Mar.
Alkmin afirmou ainda que, conforme o combinado com o governo federal, após completar 30 dias da permanecência de Beira-Mar naquela unidade, o criminoso deverá ser transferido para outro local.
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