| 15/03/2003 15h43min
A principal linha de investigação da morte do juiz de execução criminal de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias, 48 anos, aponta para o traficante carioca Fernandinho Beira-Mar. Dias foi morto em uma emboscada no final da tarde dessa sexta, dia 14, por dois homens, logo depois de sair do fórum da cidade, do qual era diretor. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, designou três promotores de Presidente Prudente para acompanhar as investigações.
O juiz também era corregedor de presídios da região - entre eles, o de Presidente Bernardes, de segurança máxima, onde estão presos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Beira-Mar. Entre outras atribuições, Dias era responsável pela liberação e transferência de presos. O Vectra que o juiz dirigia foi fechado por um Fiat Uno com dois homens. Dias foi atingido por quatro tiros de pistola calibre 9mm, um deles na cabeça.
O procurador conversou na noite de sexta-feira com o secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo Abreu, e com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Sérgio Augusto Nigro Conceição. Saulo determinou a mobilização total da polícia na região para a prisão dos criminosos. Conceição pretendia viajar neste sábado para Presidente Prudente.
Segundo o presidente do TJ, o crime pode ter sido cometido por pessoas ligadas a organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Dias é lembrado pelos colegas como um homem bem humorado e brincalhão, apaixonado pela magistratura. Desde que a Vara de Execuções de Presidente Prudente foi criada, ele sempre foi o juiz.
Ao receberem a notícia da morte do juiz, por volta das 23h de sexta-feira, presidiários da cidade comemoraram o crime com gritos e palmas. O corpo de Dias sairá neste sábado ao meio-dia de Presidente Prudente para São Paulo. O velório será realizado no Palácio da Justiça e o enterro está marcado para as 17h.
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