A oposição venezuelana empenhou-se neste domingo, dia 2, para votar simbolicamente contra o presidente Hugo Chávez, recolhendo assinaturas para propostas de apoio a vias constitucionais que levem à saída do governante. Ao mesmo tempo, a oposição começa a desmontar uma greve de dois meses que buscava a renúncia de Chávez.

Com um processo de coleta de assinaturas, a oposição pretende impulsionar vias constitucionais distintas que levem ao fim do governo do tenente coronel aposentado. Chávez negou-se a renunciar, apesar da pressão da greve geral que prejudicou a atividade petrolífera do país.

O evento ocorre no mesmo dia em que Chávez completa quatro anos de mandato. Chávez assumiu o governo com uma vitória expressiva nas eleições e a promessa de que levaria adiante uma ''revolução'' que acabaria com a desigualdade social, a corrupção e o desemprego.

As pessoas deviam assinar 10 propostas distintas, que incluem uma que pede emenda constitucional para reduzir o mandato presidencial de seis para quatro anos e outra que apóia um referendo revogatório do mandato de Chávez.

Além disso, as pessoas votaram simbolicamente "sim'' ou ''não'' se o governante deve renunciar imediatamente. Isso era previsto para um referendo consultivo convocado pelo poder eleitoral para 2 de fevereiro, mas foi suspenso por ordem do Supremo Tribunal de Justiça. No sábado, líderes da greve anunciaram o abandono progressivo do protesto, estabelecendo horários limitados para o comércio e a indústria. Os bancos voltarão a operar no horário normal e as escolas reiniciarão as aulas. As informações são da Reuters.