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O Grupo de Amigos da Venezuela teve nesta sexta, dia 31, uma reunião com o presidente Hugo Chávez e outra com membros da oposição, para tentar pôr fim ao longo impasse político no país. Eles conseguiram a primeira vitória com a garantia dos reitores das principais universidades privadas da Venezuela de retomar plenamente suas atividades a partir de segunda, dia 3.
O objetivo do Grupo, formado no mês passado no Equador, é auxiliar os trabalhos da Organização dos Estados Americanos (OEA) na mesa de diálogo entre governo e oposição. Além do Brasil, fazem parte do grupo EUA, México, Chile, Portugal e Espanha.
A greve geral, que se iniciou em 2 de dezembro, tem dado sinais de enfraquecimento, com o fim da paralisação nas universidades privadas e na refinaria de El Palito, no oeste de Caracas. Nesta semana, bancos, shoppings e franquias internacionais já anunciaram que voltarão a abrir normalmente a partir de segunda-feira.
Os líderes grevistas dizem que
manterão a paralisação na gigante
estatal do petróleo, PDVSA, considerada o coração da economia do país. Os próprios grevistas da PDVSA, porém, admitem que a produção vem crescendo a cada dia. Após ter sido reduzida a menos de 150 milhões de barris diários, no início da greve, ela atingiu nesta sexta 1,06 milhão de barris, segundo os grevistas, ou 1,5 milhão, segundo o governo. Ainda assim, a produção está muito aquém dos 3,2 milhões de barris ao dia registrados em novembro, antes da greve.
Além da antecipação das eleições presidenciais, os funcionários em greve exigem, para retornar ao trabalho, a reincorporação dos trabalhadores demitidos. O presidente da PDVSA, Alí Rodríguez, disse que não existe possibilidade de reincorporação. Segundo ele, não houve demissão em massa, mas "abandono em massa dos postos de trabalho". Chávez, cujo mandato vence em 2007, diz que não renunciará e acusa os líderes grevistas de conspirar para derrubá-lo.
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