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 | 29/01/2003 09h41min

Conselho de Segurança da ONU debate crise iraquiana nesta quarta

Dividido, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza nesta quarta, dia 29, um debate a portas fechadas sobre a questão do Iraque. Mas nenhuma decisão deve ser tomada até que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, apresente as prometidas informações sobre as supostas armas estocadas pelo governo iraquiano.

Nenhum dos 15 países-membros do órgão defende o presidente do Iraque, Saddam Hussein, mas muitos criticam as ameaças de invasão feitas pelos EUA. Além disso, o grupo acha que as inspeções, reiniciadas há apenas dois meses após uma suspensão de quatro anos, precisam de mais tempo para serem realizadas. As provas apresentadas até agora pelos EUA e pela Grã-Bretanha são consideradas pouco convincentes. Alguns países acreditam que os norte-americanos estão tentando apressar as coisas a fim de enveredarem logo pela via militar.

Para tentar convencer os líderes reticentes, o presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou em seu discurso do Estado da União, nesta terça, dia 28, que Powell falaria ao Conselho de Segurança no dia 5 de fevereiro, quando apresentaria informações sobre as supostas armas de destruição em massa do Iraque. Essas informações responderiam por parte dos esforços da superpotência para convencer importantes aliados e a população norte-americana de que o uso da força pode ser necessário.

O presidente russo, Vladimir Putin, um dos principais críticos das ameaças feitas pelos EUA, admitiu estar reconsiderando sua opinião.

– Se o Iraque começar a atrapalhar (o trabalho dos inspetores), não descarto a possibilidade de a Rússia mudar de opinião – disse o russo.

Mas outros membros do Conselho de Segurança, como a França, a China e a Alemanha, continuaram dizendo que os inspetores precisavam de mais tempo. Na sexta, dia 31, Bush vai encontrar o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, seu maior aliado na questão. Segundo diplomatas, o dirigente europeu pedirá mais paciência com a ONU. As informações são da Agência Reuters.

 
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