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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu um grande esforço para estreitar as relações econômicas, culturais e políticas com a França. Em entrevista coletiva concedida nesta terça, dia 28, junto com o presidente francês, Jacques Chirac, Lula disse que há um enorme caminho a percorrer para consolidar as relações internacionais entre Brasil e França, mas que atualmente existe concordância dos dois países sobre a importância disso. Os dois presidentes estiveram reunidos e almoçaram juntos em Paris.
Lula também ressaltou a importância do apoio da França para o fortalecimento do Mercosul. Segundo ele, o país tem um papel muito importante na União Européia, assim como a Alemanha, e pode tornar o mercado comum do Cone Sul um local de maiores relações econômicas e políticas.
– Nós temos o que oferecer. Não somos apenas exportadores de soja – enfatizou Lula.
O presidente também disse que notou disposição da Europa de tornar as negociações comerciais mais igualitárias. Ele reiterou que deseja igualdade de condições para que o Brasil e outros países em desenvolvimento possam competir no mercado internacional.
Já Jacques Chirac, que recebeu Lula como um grande amigo, com direito a abraço e aperto de mão, disse que Brasil e França possuem relações políticas perfeitas de intercâmbio entre os diversos setores. O francês afirmou que ficou muito satisfeito com os discursos de Lula no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, e enfatizou que possui "enorme confiança" no governo do novo presidente.
– O Brasil pode contar com o apoio da França – enfatizou
Os dois presidentes condenaram a possibilidade de uma guerra contra Iraque, liderada pelos Estados Unidos. Chirac disse que as posições dos dois países são idênticas em relação ao risco de guerra. A França tem poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e desaprova qualquer ação contra o Iraque agora, dizendo que ainda há espaço para se resolver a crise diplomaticamente. Já Lula deixou claro que, embora o Brasil seja solidário ao sofrimento norte-americano após os atentados de 11 de setembro, a única maneira de preservar a democracia e as organizações internacionais é evitar a guerra.
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