| 09/10/2002 21h32min
Um megaprotesto deverá sacudir a Caracas, a Capital da Venezuela, nesta quinta, 10 de outubro. A oposição vai às ruas enfrentar tanques de guerra e centenas de policiais, para exigir a saída do presidente Hugo Chávez e a antecipação das eleições presidenciais, em nome de uma saída pacífica para a crise que castiga o país desde a frustrada tentativa de golpe de abril passado.
"A Tomada de Caracas", como foi denominado o movimento, ressuscitou o medo dos distúrbios de rua e reforçou as denúncias do governo sobre a existência de supostos movimentos golpistas. Nesta quarta, dia 9, Chávez e membros da oposição trocaram acusações e insultos, e a Capital do país mergulhou em um clima de agitação e tensão.
A marcha pretende pedir a realização de um referendo para antecipar o fim do mandato de Chávez, que vence em 2007. A oposição oferta a Chávez um prazo de 10 dias para que seja apresentada uma uma saída institucional à atual crise
política.
Chávez advertiu que as Forças Armadas estão alertas. Nos últimos dias, agentes do governo realizaram buscas em casas de opositores suspeitos de conspiração, incluindo oficiais militares, depois de a figura máxima venezuelana ter declarado existir um plano para destituí-la do poder.
Em 11 de abril, Chávez foi deposto por um golpe cívico-militar, mas retornou dois dias depois, graças à ação de simpatizantes civis e militares leais a ele. O principal temor agora é a repetição dos distúrbios ocorridos no dia do golpe, em manifestação contra o governo que deixou pelo menos 17 mortos e centenas de feridos.
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