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Ciro evita falar sobre queda nas pesquisas

Em visita a Embraer, candidato defendeu uso estratégico das concorrências do governo

Adotando um postura de cautela e evitando falar sobre a úliimas pesquisas de intenção de voto que registraram sua queda, o candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, esteve nesta quinta-feira, 12 de setembro, visitando a Embraer, no interior de São Paulo.

Sob orientação de seu coordenador de imprensa, Luís Costa Pinto, Ciro mostrou uma nova estratégia de contato com a mídia, limitando o assunto da conversa à Embraer e ao centenário de nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Diante de qualquer tentativa de abordagem de outro assunto, como sua queda nas pesquisas ou uma possível mudança na sua estratégia da campanha, ele respondia com um ríspido "Sem comentários.''

O presidenciável defendeu que as compras do governo devem ser feitas de forma a fortalecer a capacidade estratégica do país.

– Compras governamentais sempre foram na história de todos os países sérios do mundo uma ferramenta de estimular o desenvolvimento e uma forma limpa, digna e honesta de o Estado nacional estimular empresas nacionais – disse ele, acrescentando que a Embraer é um exemplo de uma empresa parceira do Estado brasileiro.

A Embraer, maior empresa exportadora do país e quarta maior produtora de jatos comerciais do mundo, está envolvida em uma concorrência da Força Aérea Brasileira para fabricação de 12 a 24 caças, no valor de US$ 700 milhões, da qual participam outros quatro grupos internacionais.

Ele também defendeu que o Estado seja parceiro de empresas de potencial exportador. Acompanhado de sua mulher, Patrícia Pillar, e do presidente da Embraer, Maurício Botelho, Ciro Gomes disse que quem administra concorrências públicas é o governo e que, sendo presidente, ele olharia a concorrência para contratação de jatos da Força Aérea brasileira como uma forma de fortalecer a capacidade estratégica produtiva do país.

Ele afirmou que o governo deveria esperar o próximo presidente assumir "para que o povo decida'' de acordo com a sua escolha (à Presidência) o modelo que a concorrência deve tomar.

O presidenciável voltou a repetir que o governo brasileiro errou ao adotar o modelo econômico que produziu um "rombo'' nas contas externas, dizendo que aposta em um Estado "moralizado, recuperado na sua capacidade de investir''.

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