| 09/07/2002 22h46min
Os candidatos do PDT catarinense decidiram nesta terça-feira, dia 9, que vão acionar a Justiça caso a cúpula estadual do partido não cumpra a decisão de estabelecer aliança nas chapas majoritária e proporcional com os demais partidos que compunham, até a semana passada, a chamada Frente Trabalhista (PPS, PTB e PV), do candidato ao governo Sérgio Grando.
Depois de se reunirem na Assembléia Legislativa, os pedetistas formaram uma comissão para negociar a questão com as cúpulas estadual e federal, que optaram pelo apoio branco ao projeto de reeleição do governador Esperidião Amin (PPB) para garantir a adesão do PFL à campanha do presidenciável da Frente Trabalhista, Ciro Gomes.
Mas as chances de a iniciativa fracassar são grandes. O presidente estadual da sigla, Magnus Guimarães, disse que só revê a posição se Grando retirar a candidatura ao governo.
O deputado federal Fernando Agustini, o Coruja, que ontem solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a liberação das atas da convenção do partido, classificou o posicionamento da cúpula como "estranho", uma vez que o PFL condicionava o apoio à candidatura do presidenciável Ciro Gomes (PPS) à saída de Sérgio Grando da disputa ao governo estadual, o que não ocorreu.
– Ninguém aqui morre de amores pelo Grando. O amor é à coligação, pois o nosso candidato mais forte é o voto legenda – emendou o deputado federal Serafim Venzon, que admite "a composição só com o PPS, se o PTB não quiser vir".
Pelos cálculos do deputado Jaime Mantelli, a reorganização da aliança com os partidos da Frente Trabalhista garantiria a eleição de até quatro deputados federais e sete estaduais.
No cenário atual, os partidos fariam no máximo dois estaduais e um federal. Apesar das pressões, Sérgio Grando disse que conta com o apoio de Ciro Gomes e do presidente da sigla, Roberto Freire.
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RICARDO RIEVERS / DIÁRIO CATARINENSE© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.