Um missão de técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou nesta segunda-feira, dia 8, a Buenos Aires. Ainda nesta segunda, os técnicos devem se reunir com integrantes do Ministério da Economia para analisar medidas para a reestruturação do sistema financeiro.

Na ocasião, estará presente o secretário de Finanças da Argentina, Guillermo Nielsen, quem até agora estava coordenando todas as negociações entre a administração do país e o Fundo. A missão do FMI é de caráter técnico, e os integrantes dela são especialistas em temas financeiros. Os técnicos deverão analisar entre outras coisas o programa monetário do país, que permite que os depósitos presos pelo corralito (limite de saque bancários impostos pelo governo) sejam retirados através de bônus.

Neste fim de semana, o Ministério da Economia decidiu prorrogar até dia 16 o prazo para qua a população opte pelos Boden 2005 em dólares e pelo papel vencendo em 2007 denominado em pesos. A mudança se deu devido ao pouco interesse demonstrado até agora pela popualação para retirar os valores retidos em bônus.

Aprovetando a chegada do FMI ao país, o ministro da Economia, Roberto Lavagna, afirmou nesta segunda-feira que o governo não aceitará a hiperinflação . Ele disse que já informou ao Fundo que a situação fiscal está "aceitavelmente bem nas províncias".

– Argentina não aceitará a hiperinflação. Vivemos discutindo sobre bônus, mas a maioria da população está interessada na reativação e no nível de emprego – frisou.

Lavagna disse também que manter o nível das reservas é um importante objetivo do governo Duhalde e assegurou que está meta está sendo cumprida. O ministro fez questão de negar que o governo esteja buscando impor medidas para segurar o câmbio. No entanto, ressaltou que fará de tudo para "frear qualquer coisa que possa alterar o equilíbrio fiscal".

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