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Os governadores do Partido Justicialista (peronista, do presidente Eduardo Duhalde) divulgaram na quarta-feira, dia 3, uma carta de apoio à antecipação das eleições gerais na Argentina, e não apenas presidenciais.
Durante reunião realizada em Buenos Aires, 10 dos 14 governadores entenderam que a proposta de Duhalde para que haja uma renovação total da classe política – com a votação de novos deputados, senadores, governadores e presidente – representa "a vontade da maioria do povo argentino". Dentre os governadores que não assinaram a carta, dois não puderam estar em Buenos Aires e outros dois – Néstor Kirchner (Santa Cruz) e Alicia Leme (San Luis) – não concordam com a decisão.
A idéia também conta com o apoio de outros importantes partidos do país, como a ARI, a Frepaso e a Autodeterminação e Liberdade. Apenas a UCR - segundo maior partido argentino - ainda não se manifestou oficialmente sobre a proposta.
O chefe de gabinete, Alfredo Atanasof, negou que a decisão de Duhalde de adiantar o pleito tenha sido tomada para atender ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas disse que a partir de agora o país terá condições de 'melhorar a relação" com o organismo.
Duhalde anunciou na terça-feira, 2 de julho, que decidiu antecipar para 2 de março de 2003 a realização das eleições presidenciais antes previstas para 14 de setembro do próximo ano. O novo presidente eleito assumiria em 25 de maio.
Vários pré-candidatos já se manifestaram para a disputa. A deputada Elisa Carrió é a mais forte deles, segundo as pesquisas. Dissidente da UCR, formou um novo partido, a ARI, e se transformou num fenômeno de popularidade no país. O maior número de pretendentes está no Partido Justicialista, majoritário no Congresso. O ex-presidente Carlos Menem, já manifestou intenção de concorrer. Adolfo Rodríguez Saá, que presidiu o país por uma semana, em dezembro, também já anunciou suas pretensões.
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