| 03/07/2002 09h16min
O embaixador do Brasil em Buenos Aires, José Botafogo Gonçalves, afirmou que a antecipação das eleições presidenciais na Argentina não é um fator de perturbação no Mercosul. Gonçalves ressaltou que uma mudança organizada e democrática é bem vista pelo Brasil. O diplomata salientou que a medida pode ser um fator positivo se permitir uma melhor ordenação do país vizinho.
O presidente argentino Eduardo Duhalde anunciou nesta terça-feira, 2 de julho, que decidiu antecipar para 2 de março de 2003 a realização das eleições presidenciais antes previstas para 14 de setembro do próximo ano. O novo presidente eleito assumiria em 25 de maio. Para isso, no entanto, o Congresso precisa modificar a chamada Lei de Acefalia, o que já estaria acertado, segundo fontes parlamentares.
As eleições primárias abertas – para que os partidos políticos escolham seus candidatos – serão realizadas em 2 de novembro. Duhalde disse que o país necessita de "um governo fortalecido pelo voto popular". Ele afirmou que, ao assumir, propôs-se um objetivo básico, "superar a situação pré-anárquica". Agora, segundo ele, o governo está muito perto de fechar as longas e difíceis negociações com os organismos internacionais.
Há vários pré-candidatos à eleição presidencial. A deputada Elisa Carrió é a mais forte deles, segundo as pesquisas. Dissidente da UCR, formou um novo partido, a ARI, e se transformou num fenômeno de popularidade no país. O maior número de pretendentes está no Partido Justicialista, majoritário no Congresso. Já manifestaram intenção de concorrer o ex-presidente Carlos Menem. Adolfo Rodríguez Saá, que presidiu o país por uma semana, em dezembro, também já anunciou suas pretensões.
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