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Não bastasse a ameaça de renúncia do candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, que põe em risco a garantia do segundo turno, agora é o crescimento da candidatura de Ciro Gomes, do PPS, que assusta os tucanos.
Segundo o instituto Vox Populi, Ciro ganhou sete pontos percentuais nos últimos 30 dias e atingiu 16% da preferência, logo atrás dos 21% obtidos pelo candidato do PSDB, José Serra.
A cúpula do PSDB diz que este cenário estava previsto e que não haverá mudança de rumo na campanha presidencial tucana. Na última reunião do conselho político da campanha, Serra foi derrotado na tese de que deveria confrontar com Ciro. A opinião geral dos articuladores tucanos foi a de que ele deveria ignorar Ciro e polarizar apenas com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva, que continua liderando a corrida sucessória.
Mas, ao mesmo tempo em que os tucanos insistem que o dado relevante das últimas pesquisas é a consolidação de seu candidato no segundo lugar, os pefelistas engajados na candidatura do PPS festejam o crescimento de Ciro. É o caso do líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), para quem o crescimento de Ciro reforça a posição das regionais do partido que optaram pelo PPS na disputa presidencial. Um problema a mais para Serra, que trabalha na conquista de pefelistas Brasil afora.
Na contabilidade do líder, ficam reforçadas as posições dos pefelistas de Estados como Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Bahia, Alagoas, Amazonas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Nesta quarta-feira, dia 26, o PTB, que integra a Frente Trabalhista de Ciro Gomes, terá 20 minutos em cadeia de rádio e TV no horário reservado aos partidos pela lei eleitoral, além de 30 comerciais de 30 segundos. Consulta feita pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que Ciro não tem direito a estrelar no programa partidário do PTB. Tanto é assim que Serra abriu mão de usar os minutos preciosos do PMDB que lhe deu a vice Rita Camata. Mas Ciro driblou a proibição nos minutos destinados ao PDT, pondo no ar sua mulher, a atriz Patrícia Pilar, que fez campanha em nome do marido. Mais um problema, dizem dirigentes do PMDB, que avaliam que Ciro tem potencial para incomodar o candidato tucano na corrida sucessória.
Ainda assim, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), concorda com o PSDB no sentido de que não é preciso mudar o rumo da campanha.
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