Os candidatos que participaram nesta terça-feira, 18 de junho, do evento da construção civil, em Brasília, Anthony Garotinho (PSB), Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB), se comprometeram a liberar os recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento de habitações e saneamento e a centralizar as decisões sobre o setor num único órgão.

O evento, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), contou com a participação de cerca de 300 empresários e especialistas da indústria da construção civil para habitação e saneamento.

O candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva alegou problemas de agenda e não compareceu. Ele disse que irá em outra data, e a câmara aceitou. Ciro foi o candidato que mais empolgou a platéia com a promessa de criar o Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano. Foi o único a ser aplaudido em pé.

A proposta de Serra de isentar da cobrança de Imposto de Renda os financiamentos de habitação, também agradou aos empresários. Eles ficaram insatisfeitos, porém, com a idéia de criar uma secretaria executiva ligada à Presidência no lugar de um ministério.

De acordo com os empresários, já existe uma secretaria "ineficiente" neste governo. A proposta de Garotinho de criar o Ministério da Casa Própria não transmitiu credibilidade.

Pela manhã, no mesmo evento em que voltou a criticar a "falta de clareza" das propostas da oposição para as eleições deste ano, o ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) ouviu cobranças do setor da construção civil de que o governo não cumpre contratos e atrasa pagamentos.

Durante a 3ª Conferência Nacional da Indústria da Construção Civil, o presidente da CBIC, Luís Roberto Andrade Ponte, acusou o governo de não cumprir contratos com o setor. Segundo ele, a inadimplência do governo aumenta os preços aos consumidores por causa do atraso nos recebimentos e do risco de calote.