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O PL realiza neste domingo, dia 22, em Brasília, a sua convenção nacional, que vai homologar a aliança com o PT. Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, participará da convenção e discursará no final.
O PL indicou o senador José Alencar (MG) para vice na chapa de Lula, mas na sexta-feira o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto (SP), disse que a vaga deve ficar em aberto a fim de negociar o apoio do PSB de Anthony Garotinho. A ata da reunião delegará poderes à executiva nacional do partido para uma eventual alteração até o dia 30.
Costa Neto garantiu que não há risco de uma reviravolta e que uma maioria esmagadora votará pela coligação com Lula. Os 22 deputados do partido comprometeram-se a dar apoio à aliança nacional, mesmo que nos Estados sigam em palanques diferentes.
Lula chegará à convenção acompanhado do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP). A coligação PT-PL só ocorreu por causa do empenho pessoal de Lula e Alencar. Eles fecharam a aliança na quarta-feira à noite, em Brasília, depois de analisar as dificuldades para a convivência de PT e PL nos Estados.
Mesmo com a coligação nacional, os problemas entre os dois partidos não acabaram. No Acre, por exemplo, o PL é ligado ao PSL do deputado José Aleksandro, inimigo do governador Jorge Viana, do PT. Segundo Costa Neto, o PL acreano vai abandonar Aleksandro para se juntar a Viana na campanha pela reeleição do governador. Do outro lado, numa aliança entre PMDB e PSDB, está o ex-prefeito de Rio Branco Flaviano Melo, que disputará o governo.
Em algumas loclaidade locais, mesmo sem problemas de convivência, o PT e o PL não vão se coligar. Entre eles, Amazonas, Distrito Federal e Bahia. Lula será apoiado pelos principais candidatos liberais, mas PT e PL terão chapa para disputar o governo, o Senado, a Câmara dos Deputados e as Assembléias Legislativas. Em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraíba os dois partidos deverão caminhar juntos.
No Rio Grande do Sul, onde os diretórios dos dois partidos se opuseram à coligação nacional, o acordo das cúpulas não terá efeito prático. O PL, que lançou Aroldo Medina como candidato a governador, está entre os críticos contumazes do governo Olívio Dutra, que respalda Tarso Genro.
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