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Em sua primeira entrevista sobre as denúncias de corrupção na prefeitura de Santo André, que teriam beneficiado campanhas eleitorais do PT, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta sexta-feira o governo federal de estar por trás da acusação.
O candidato participou nesta sexta de um encontro com empresários da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba. Lula negou que a denúncia de irregularidade respingue em sua candidatura.
– O povo está calejado, sabe que essas coisas somem como aparecem – disse.
O petista afirmou também que o partido aceita o debate, mas exige que os autores da denúncias sejam responsabilizados e defendeu o financiamento público das campanhas eleitorais.
O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, repeliu a declaração do candidato do PT de que a denúncia de propina contra a prefeitura de Santo André e o partido faria parte de um esquema de "terrorismo político" do governo federal. Parente cobrou do candidato a apresentação de provas ou uma retratação formal ao governo federal.
– Nós repelimos essa declaração. É uma declaração grave e se ele tem qualquer dado concreto que comprove suas afirmações tem a obrigação de revelá-los ou de se retratar – disse o ministro.
Parente não adiantou que o governo federal tenha a intenção de exigir na Justiça a retratação do candidato.
O Ministério Público de São Paulo apresentou à Justiça a denúncia de um esquema de extorsão envolvendo seis pessoas ligadas ao PT e à prefeitura de Santo André. Segundo depoimento do médico João Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito do município Celso Daniel, assassinado em janeiro, o dinheiro era repassado ao diretório do PT.
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