| 08/06/2002 17h37min
As sete igrejas cristãs mais tradicionais do país divulgaram nota criticando pronunciamentos que associam o processo eleitoral a ameaças de instabilidade no país. De acordo com a nota, divulgada ao final de uma assembléia geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e da Coordenadoria de Serviço Ecumênico (Cese), em Salvador, na Bahia, o objetivo das ameaças é evitar mudanças no quadro político.
O Conic e o Cese são entidades irmãs. Reúnem as igrejas Metodista, Presbiteriana Unida, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Cristã Reformada; Episcopal Anglicana Ortodoxa Siriana e Católica Apostólica Romana.
Um trecho do texto das igrejas cristãs, divulgado na sexta-feira, diz:
– Neste momento de processo eleitoral, o povo é espectador passivo de conchavos, de acordos de cúpula. Os casos de corrupção, cotidianamente divulgados pela imprensa, apurados ou a serem apurados, não respondem à finalidade de devolver a dignidade ética à classe política desacreditada. Qualquer hipótese de mudança do quadro político que possa ser apenas pensada por este povo de espectadores é reprimida com a ameaça de instabilidade institucional que levaria o país à atual situação da vizinha Argentina, ela própria vítima de mazelas das elites locais e das condicionalidades impostas pelos organismos de financiamento internacionais.
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