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Ao se encontrar com técnicos do PMDB e do PSDB no Rio para discutir o programa de governo, o presidenciável tucano José Serra afirmou que, caso seja eleito, montará uma “equipe social” em seu governo com o “mesmo status” da equipe econômica e com metas a cumprir. O ministro que não cumprir as metas, segundo Serra, correrá o risco de ser demitido.
– Vamos continuar com uma equipe econômica, mas teremos uma equipe social com o mesmo status e com metas definidas para serem acompanhadas, com avaliação de resultados e cobrança de desempenho por parte da sociedade – disse Serra.
Ele afirmou que ainda serão definidas com os técnicos quais as metas e a forma de acompanhá-las.
– Serão metas qualitativas e quantitativas, referentes à escola, saúde das crianças, habitação, saneamento e outras áreas – disse.
Segundo o presidenciável, haverá um sistema de acompanhamento e avaliação das metas:
– O ministro que não cumprir as metas ou dá uma explicação convincente ou é trocado. Será o mesmo tratamento dado a um ministro da Fazenda que deixa a inflação escapar. Isso tem que virar a questão central do país.
Para que as políticas sociais dêem certo, Serra afirmou que é preciso integrá-las e combiná-las com uma estratégia eficiente de crescimento econômico.
– Vamos ter uma política de geração de oportunidades e empregos integrada com as políticas sociais. Todas as políticas que possam gerar emprego e renda para as pessoas, como, por exemplo, os microcréditos para a população, terão participação da equipe social – disse.
Ele citou também a segurança pública como um dos itens que será incluído na pauta da equipe social.
– É um elemento de padrão de vida essencial. Vamos montar um padrão de indicadores mensal, bimestral ou dentro do que for possível para ter avaliações sobre as condições de segurança em cada município e Estado.
As políticas de segurança pública também terão metas, de acordo com Serra. Elas serão coordenadas por um Ministério da Segurança Pública.
– Precisamos não apenas ter boas intenções, mas também gastar bem, saber avaliar e politizar para que a população acompanhe e possa cobrar – afirmou o candidato tucano.
Em apoio a Serra, o presidente Fernando Henrique Cardoso participará da convenção nacional do PSDB marcada para o dia 15, em Brasília. Até lá, FH e dirigentes tucanos se empenharão para neutralizar os rebeldes do PMDB, que rejeitam a aliança com o PSDB. Detalhes da estratégia foram discutidos pelo presidente na noite de quarta-feira, em encontro com Serra, e, na manhã de ontem, com o presidente nacional do PSDB, deputado José Aníbal (SP), no Palácio do Planalto. O encontro oficializará a chapa Serra-Rita Camata (PMDB-ES).
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