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O grupo peemedebista contrário à aliança com o PSDB aposta na tese de não apoiar nenhum candidato à Presidência para ficar livre nos Estados, proposta que hoje calcula ser majoritária no partido. A estratégia dos dissidentes será propor que, preliminarmente à convenção, os peemedebistas decididam se querem ou não aliança nas eleições de outubro.
Até mesmo os defensores de uma coligação com o PT calculam que a proposta de liberação dos filiados como alternativa à aliança com o tucano Serra tem mais chances de vitória. Entre os dissidentes, a proposta é defendida pelos senadores Pedro Simon (RS), José Sarney (AP), e Gilberto Mestrinho (AM). Sarney e Simon almoçaram nesta terça-feira, dia 4, na casa do primeiro, em Brasília, com o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, e defenderam essa alternativa.
– A melhor solução é não ter candidato – disse o ex-presidente.
Sarney, que controla os votos do Amapá (10) e do Maranhão (20), insinuou que concordaria com a aliança com o PT desde que Simon fosse o vice.
– Simon está conosco, mas enfrenta a pressão do PMDB gaúcho, que não quer aliança com o PT – disse Quércia a Zero Hora.
Nesta terça, o grupo dissidente voltou a defender a tese de Simon para vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, como alternativa. Simon admite a hipótese, mas desde que o PMDB gaúcho concorde. Essa alternativa só será apresentada se a tese de não lançar candidato for derrotada.
– Se o PMDB gaúcho disser sim, não teria nenhum problema de aceitar (ser vice de Lula). O que eu digo, com todas as letras, é que se houvesse a chance de uma chapa PMDB-PT, com o Lula teria todas as chances de vencer no primeiro turno. Seria quase uma revolução social, pacífica e democrática – avaliou Simon.
Uma reunião no domingo, em Porto Alegre, com a presença de Simon, deverá definir a posição do PMDB gaúcho, que é majoritariamente contrário à tese de apoio ao PT.
Simon é favorável a proposta de liberação como alternativa à aliança com tucanos
Foto:
Guaracy Andrade
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