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Conflitos regionais entre o PMDB e o PSDB diminuem a vantagem dos governistas na convenção nacional peemedebista, marcada para 15 de junho, quando está prevista a confirmação da aliança em torno da candidatura do tucano José Serra (SP) à Presidência. O comando do PMDB se reúne terça-feira, dia 4, em Brasília, para discutir o assunto.
Ampliando o clima de dissidência, o senador Pedro Simon propôs nesta sexta-feira, dia 31, uma aliança do partido com o PT, lembrando que o PMDB deve apoiar o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, em pelo menos quatro Estados (Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná). Ainda que a aliança não se concretize, Simon vê dificuldades para o apoio a Serra. Ele disse que cresce no partido o grupo que não deseja lançamento de candidato, com a conseqüente liberação das alianças nos Estados.
– É o grupo que mais cresce no partido, e se Serra até o dia 15 não subir (nas pesquisas de opinião), acabou – disse o senador.
As declarações de Lula em favor do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia serviram de alerta para cúpula peemedebista. A ala oposicionista sonha em vencer a convenção e indicar o vice de Lula – as opções são os senadores Pedro Simon (RS) e Roberto Requião (PR).
A avaliação dos governistas é de que o grupo ainda detém a maioria, mas que a vitória não será tão tranqüila como o esperado. Para acabar com a prévia que escolheria o candidato do PMDB à Presidência na convenção de 10 de março, os governistas mobilizaram 213 titulares e 66 suplentes. Mas tiveram votos que não devem se manter.
Os governistam acreditam ter a maioria - cerca de 60% dos votos -, mas confirmam que a decisão estaria nas mãos do PMDB gaúcho e do catarinense, que juntos somam 99 votos na convenção. Na avaliação da cúpula, parte dos problemas também tem origem no PSDB, que em alguns Estados tem se recusado a apoiar o PMDB.
O último foco de conflito foi registrado na Paraíba, que envia 28 delegados à convenção. Lá, o PSDB negocia uma coligação com o PFL, contrariando o grupo ligado ao ex-ministro Ney Suassuna (PMDB-PB). Para tentar contornar a situação, o presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a convidar Suassuna para voltar ao Ministério da Integração Nacional, mas o senador recusou o convite em função das acusações de envolvimento com o empresário José Elíseo, que está detido em Brasília, suspeito de corrupção nas obras do ministério em Catalão (GO).
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