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Lula defende alianças regionais com peemedebistas de oposição

Presidenciável chegou a defender Quércia para ter apoio do PMDB

O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta terça-feira, dia 28, a realização de alianças regionais, mesmo que informais, com peemedebistas que fazem oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso. A estratégia de Lula é aglutinar os descontentes do PMDB e impedir que o partido faça uma coligação formal com o PSDB em âmbito federal.

Líderes petistas disseram nesta terça que os oposicionistas do PMDB devem propor o apoio formal a Lula na convenção nacional do partido, em junho. Isso possibilitaria, segundo Lula, alianças em pelo menos cinco Estados (Rio, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás). Caso o PMDB confirme o apoio ao PSDB, no entanto, o PT tentará alianças informais com dissidentes peemedebistas. Empolgado com a possibilidade de ter o apoio dos peemedebistas de oposição, Lula chegou a defender o ex-governador Orestes Quércia das acusações de corrupção das quais foi alvo durante sua passagem pelo governo de São Paulo (1986-1990).

Em nota oficial, Quércia retribuiu os afagos e citou "os compromissos de Lula com o desenvolvimento do país" e disse estar disposto a "discutir a possibilidade de uma aliança formal entre o PT e o PMDB no âmbito nacional".

Na hipótese remota de o PMDB aprovar uma aliança formal com o PT em âmbito nacional, Lula estaria disposto a ceder a vaga de vice para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que foi preterido na disputa com Rita Camata pela candidatura à vice-presidência na chapa do tucano José Serra. A avaliação no PT é que, atraindo Simon, os oposicionistas teriam votos suficientes para, pelo menos, impedir o apoio ao tucano na convenção nacional.

 
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