| 27/05/2002 07h04min
O empresário Benjamin Steinbruch resolveu romper o silêncio e, em artigo publicado nesse domingo, dia 26, no jornal Folha de S.Paulo, desmentiu a denúncia de que o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira teria lhe cobrado uma propina de R$ 15 milhões durante o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997.
A denúncia foi publicada na revista Veja no início de maio, com entrevistas nas quais o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, e o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros confirmavam ter ouvido de Steinbruch o relato sobre o pedido de propina. O empresário teria dito que a cobrança de comissão seria pelo fato de Ricardo Sérgio ter organizado o consórcio vencedor do leilão da privatização. Em um dos trechos do artigo, Steinbruch diz: “Quanto às propaladas propinas pedidas pelo sr. Ricardo Sérgio, como condição da adesão da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) ao consórcio vencedor, as pessoas com um mínimo de inteligência podem facilmente concluir tratar-se de um fato absolutamente inverídico”.
Ao comentar o artigo de Steinbruch, o presidente do PSDB, deputado José Aníbal (SP), lamentou o desgaste que o episódio causou ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra:
– É uma coisa vergonhosa como tentam associar o nome do candidato a qualquer tipo de denúncia. Serra é um homem público transparente com 40 anos de vida pública.
Já o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha, disse estranhar que o empresário tenha demorado tanto tempo para se manifestar sobre o assunto e que só agora venha negar a versão do pedido de propina. Ele lembrou que os deputados governistas impediram a criação de uma CPI para investigar o caso.
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