O Banco Central fez nesta terça-feira, dia 21, forte intervenção no mercado de câmbio argentino para conter a alta do dólar. Em mais um dia tenso no mercado financeiro, o dólar fechou com alta, de 3,6%. A moeda dos EUA foi negociada a 3,42 pesos nos bancos que repassam a seus clientes dólares vendidos diretamente pelo Banco Central. No mercado livre, o dólar encerrou o dia estável, vendido a 3,60 pesos.

A corrida em busca de dólares provocou grandes filas nos bancos e casas de câmbio de Buenos Aires. O agravamento da crise dos bancos – com a saída do banco francês Crédit Agricole – e as divergências entre o Ministério da Economia e o Banco Central sobre a forma de devolução do dinheiro preso no "corralito" acirraram a tensão no país.

A população está assustada com a saída do banco francês Crédit Agricole da Argentina e teme que isso seja um claro indício de quebradeira no sistema financeiro. O Banco Sudameris recebeu uma injeção de US$ 50 milhões em fundos para sua capitalização, feita pela matriz italiana. O governo argentino negou que o sistema utilizado para o resgate das filiais do grupo francês Crédit Agricole (BC decretou que o banco estatal Nación assuma as três filiais do grupo)  será aplicado em socorro a outros bancos.

Enquanto isso, o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, está em Washington onde se reuniu nesta terça-feira com autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesta quarta-feira, Lavagna tem encontro encontros com autoridades do Banco Mundial (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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