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O secretário de Fazenda da Argentina, Jorge Sarghini, afirmou nesse domingo, dia 19, que setores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G-7 – grupo dos países mais ricos – torcem por uma hiperinflação no país. Segundo Sarghini, isso baratearia muito os ativos argentinos e abriria as portas a uma invasão de empresas estrangeiras, com custo de negociação muito mais baixo.
– Membros do FMI e do G-7 consideram necessária uma hiperinflação para que haja mudanças no setor empresarial e redução de custos, mas trabalhamos para que isso não ocorra – disse o secretário ao jornal Página 12.
Evitar a hiperinflação é uma das principais preocupações do governo. Segundo o economista Miguel Angel Broda, se o governo liberar o confisco bancário, a hiperinflação será inevitável. A Fundação Capital e o Estúdio Orlando Ferreres estimam que, na melhor hipótese, a inflação fechará o ano em 90%, bem acima dos 15% previstos no orçamento. Ontem, o ministro da Economia, Roberto Lavagna, acusou alguns bancos de quererem obrigar o Estado a pagar o custo da flexibilização do confisco.
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