| 14/05/2002 21h49min
O ex-presidente da Argentina Raúl Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), pediu nesta terça-feira, dia 15, apoio ao governo de Eduardo Duhalde. Segundo ele, uma eventual redução de seu mandato levaria o país a "algo muito pior", talvez um golpe de direita. O ex-presidente, que renunciou em julho de 1989, seis meses antes de concluir seu mandato, por causa da hiperinflação, manifestou dúvida de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) "desembolse dinheiro novo para a Argentina, nas atuais negociações.
A greve geral de 12 horas anunciada para esta terça-feira foi suspensa pelo setor dissidente da Confederação Geral do Trabalho (CGT), alegando as "más condições climáticas" em Buenos Aires em razão das fortes chuvas. Seria a primeira greve nacional contra as negociações do presidente Eduardo Duhalde com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as severas exigências da instituição.
Em compensação, os piqueteiros do setor mais radical do movimento de desempregados mantiveram a decisão de bloquear ruas, estradas e pontes na capital, na periferia e no interior do país, para pedir planos de trabalho e alimentação.
O governo da Argentina cumpriu o pagamento de US$ 680 milhões de juros de uma dívida com o Banco Mundial, referente a um empréstimo de emergência de US$ 2,5 bilhões concedido em 1998. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou, também na segunda, um empréstimo de US$ 694 milhões à Argentina, para ser usado na compra de medicamentos, programas sociais e bolsas para estudantes.
O presidente Eduardo Duhalde disse que o país não tem como crescer sem ajuda financeira externa e novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Argentina está negociando com o FMI, mas ainda não há acordo devido a fatores como as dificuldades do governo de cumprir as metas fiscais e legislativas exigidas pelo fundo.
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